quinta-feira, 11 de julho de 2013

23ª CONFERÊNCIA GERAL DO ICOM – RIO 2013

23ª CONFERÊNCIA GERAL DO ICOM – RIO 2013 Rio de Janeiro sedia, entre 10 e 17 de agosto, o maior encontro internacional de profissionais de museus, que, na Cidade das Artes, contará pela primeira vez com atividades abertas ao público Entre 10 e 17 de agosto, o Brasil será sede da 23ª Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus (ICOM), encontro que, realizado em um país diferente a cada três anos, conta com a participação de mais de 2.000 profissionais da área. O tema é “Museu (Memória + Criatividade) = Mudança Social” e incentiva a apresentação das inúmeras ideias e experiências pautadas na criatividade que tem valorizado o patrimônio cultural, destacando o papel transformador dos museus por meio da memória social – campo na qual o Brasil se afirma como pioneiro e fomentador. Os 31 comitês internacionais da instituição se reunirão no Rio de Janeiro, na Cidade das Artes, para uma série de encontros que debaterão os novos rumos da museologia no país e no mundo. Será também uma oportunidade emblemática para que a sociedade brasileira descubra a importância de seus museus – motivo pelo qual vem sendo desenvolvida uma programação cultural de excelência, dedicada tanto a especialistas como ao público em geral. “É uma grande honra para o ICOM Brasil que nosso país possa sediar este grande encontro de profissionais de museus de todo o mundo. O tema central da Conferência evoca a museologia social, campo bastante inspirador e de prática já consolidada entre os museus brasileiros. O evento será inovador e inclusivo, apresentando uma programação que se espraiará pela cidade e pelos museus do Rio de Janeiro”, conta Maria Ignez Mantovani Franco, presidente do ICOM Brasil. Durante os oito dias, representantes de mais de 100 países discutirão temas como o intercâmbio entre museus, a difusão de conhecimentos, a participação e mobilização qualificada do público, a formação, a inovação e a qualificação profissional, a atualização de padrões profissionais, o combate ao tráfico ilícito de bens culturais e a preservação do patrimônio mundial. Haverá também atividades culturais e sociais paralelas à conferência (visitas culturais, expedições urbanas, exposições de artes visuais, eventos literários, oficinas abertas ao público, experiências de música e dança). Ainda no âmbito profissional haverá uma feira de produtos e serviços nacionais e internacionais, com ênfase no que de mais tecnológico e contemporâneo se produz no mundo para que os Museus possam seduzir seus públicos. Trata-se de uma ação voltada à valorização da área de museus como um elo importante da economia criativa da cultura. Uma feira institucional evidenciará o trabalho colossal que os museus desenvolvem junto à sociedade em que atuam, unindo experiências brasileiras e de distintos países, fomentando o intercâmbio internacional. Estarão presentes grandes institucionais internacionais e nacionais. Ambas as feiras, tanto a profissional como a institucional, estarão franqueadas ao público. A proposta da Conferência é acolher os participantes por meio de atividades que sejam capazes de valorizar e difundir a cultura brasileira. Para tanto, os museus distribuídos em todo o território nacional estarão de portas abertas para receber os participantes da Conferência e o publico geral, com uma programação inédita e de qualidade. Entre os grandes conferencistas convidados estará Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses, que abrirá a conferência abordando questões-chave – como a importância dos museus como agentes de memória em mundo em permanente transformação. Também fazem parte do elenco de conferencistas o premiado escritor moçambicano Mia Couto, que falará sobre o museu como instituição de memória; o pesquisador espanhol Jorge Wagensberg, que discorrerá sobre o museu observatório; e o jornalista colombiano Jorge Melguizo, que trará uma experiência emblemática de como a cidade de Medellín transformou, pela cultura, seus elevados índices de criminalidade, evidenciando especialmente o papel transformador dos museus. Eleita como cidade anfitriã da Conferência, após concorrer com Milão e Moscou, o Rio de Janeiro – sede de 124 museus (as demais cidades fluminenses abrigam outros 130) – agrega valor à proposta. O aumento de sua visibilidade, por conta principalmente dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo, contribuirá para alavancar as inscrições do público, estimado em 2.500 pessoas provenientes de mais de 100 países. De acordo com Hans-Martin Hinz, presidente do ICOM, “é a oportunidade de fortalecer a presença do ICOM na América Latina, permitindo que profissionais que atuam em museus latino-americanos e mundiais dialoguem sobre o futuro de nossa área”. Desde a fundação da entidade, em 1946, é a segunda vez que a conferência se realiza na América do Sul – a primeira foi em 1986, na capital argentina. Para a 23ª Conferência, o ICOM e o ICOM Brasil contam com a correalização do Instituto Brasileiro de Museus / MINC, do Governo do Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado de Cultura e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro por meio da Secretaria Municipal de Cultura. Patrocinam o evento a Petrobrás, o BNDES, o Bradesco, a Oi, a Light, a Gerdau e a Vale, além da parceria institucional da Cidade das Artes e da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro. DEPOIMENTOS Carlos Roberto F. Brandão, presidente da 23ª Conferência Geral do ICOM “Os princípios que norteiam a programação para a 23ª Conferência Geral são a troca de experiências e o aprofundamento das relações profissionais. Com esta perspectiva, convidamos os comitês temáticos e outros grupos do ICOM para reunião prévia durante o V Fórum de Museus, em novembro de 2012, em Petrópolis. O resultado foi muito inovador e instigante, por isso, vários comitês se reunirão em conjunto durante a Conferência, tratando de interfaces entre as disciplinas — a maioria deles se reunirá em museus do Rio pelo menos durante um dia —, expandindo as discussões e estreitando relações aos museus da cidade na construção de um legado para o país”. Marta Suplicy, Ministra da Cultura “A escolha do Brasil para sediar a 23ª Conferência Geral é o reconhecimento dos avanços que temos empreendido nos últimos anos. Já tínhamos longa tradição na formação profissional para os museus brasileiros, entre outras iniciativas reconhecidas mundialmente. Tivemos, ao longo do século 20, esforços de muitas gerações no aperfeiçoamento desse setor. Apresentamos, nos últimos 10 anos, uma significativa melhoria da situação dos museus no Brasil. Parte desta melhoria se expressa na criação do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) e se deve a ela. Sinal de que o Brasil, que despontou para o mundo como o país que aliou crescimento econômico com inclusão social, não o fez somente através da distribuição de renda. Olhamos também pela preservação de nossa história e cultura. Valorizamos, entre outras coisas, nossos museus compreendendo sua importância para o conhecimento do passado na construção do nosso futuro.” Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM “O Instituto Brasileiro de Museus acolhe com alegria e entusiasmo os participantes da 23ª Conferência Geral do ICOM, no Rio de Janeiro. O Brasil se honra em sediar o grande encontro em momento de especial projeção dos mais de 3.000 museus espalhados pelo País. Tornar os museus do IBRAM uma rede referencial dentro e fora do Brasil, estimular a formação de acervos, enfatizar a função social dos museus, ampliar o sistema nacional e prestigiar o desempenho dos especialistas são prioridades nas quais nos empenhamos. Em sintonia com o Ministério da Cultura e suas diretrizes, o IBRAM amplia caminhos para o fortalecimento das nossas instituições e a expansão do público que desfruta de sua riqueza cultural. Com o espírito de fraternidade e partilha que deve congregar os museus, saudamos o ICOM e os membros da Conferência do Rio.” Telma Lasmar, presidente do Conselho Federal de Museologia “Participar da Conferência Internacional ICOM 2013 é de suma importância para os profissionais de museus que buscam conhecer novas experiências, compartilhar com pessoas do mundo todo suas práticas museológicas e, acima de tudo, estabelecer novas relações com seus pares. É uma oportunidade única de vivenciar, em nosso país, da imprescindível prática do encontro entre profissionais de museus.” Adriana Rattes, Secretária de Estado de Cultura "É muito bom para o Estado do Rio de Janeiro receber o ICOM. No Rio de Janeiro foram fundados os primeiros museus do Brasil e aqui se encontra a primeira universidade pública de museologia. Somos centro de referência e polo irradiador de políticas para a área, pois aqui surgiram as primeiras iniciativas em memória social, museus de comunidade. Por isso, acredito que a conferência vai permitir a troca e o amadurecimento de experiências, abrindo novos diálogos entre os museus nacionais e internacionais." Sérgio Sá Leitão, Secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro "É uma honra para o Rio de Janeiro abrigar a Conferência e receber profissionais de museus de países de todas as regiões do planeta para debater os novos rumos da museologia no Século XXI. Nossa cidade encontra-se em um acelerado e intenso processo de transformação econômica, social e urbana, e os museus têm um papel vital em tudo o que está acontecendo. Em março deste ano, os cariocas ganharam um novo e importante museu, o Museu de Arte do Rio, também conhecido como MAR. Em breve, teremos mais dois museus de grande porte: o Museu do Amanhã e o Museu da Cidade, também na Zona Portuária. São museus vivos, potentes e sustentáveis, que simbolizam o novo Rio que estamos construindo. E apontam para uma necessária atualização dos conceitos de museu e de museologia e de suas relações com o público, a arte, a história, a tecnologia e a vida nas metrópoles. Espero que a experiência carioca possa contribuir de algum modo para os debates e que possamos aprender com as visões e práticas que serão compartilhadas no evento. A Secretaria Municipal de Cultura do Rio orgulha-se de ter contribuído para a viabilização deste encontro tão fundamental para a cultura da cidade, do país e do mundo.” Manuelina Maria Duarte Cândido, historiadora, especialista em Museologia e mestre em Arqueologia “Os museus desejam e trabalham para a mudança. A equação matemática que inspira a 23ª Conferência Geral do ICOM aponta que este trabalho surge de uma composição entre o frescor criativo e a memória construída e confiada a estes museus. Por trás desta equação há inúmeros sujeitos cada vez mais fortalecidos: os profissionais e especialmente o público, cheios de aspirações, agindo como motores deste movimento. É a memória ativada pela criatividade no ambiente do museu que repercute na sociedade e promove mudança social.” Kátia Loureiro, diretora do Museu de Favela (MUF) “Dentro do contexto da Conferência, o MUF firmou parceria direta com o CAMOC (Comitê Internacional do ICOM que se dedica ao estudo das cidades e das pessoas que nelas vivem) para acolher no território cultural das favelas Cantagalo, Pavão e Pavãozinho uma expedição de participantes durante o evento. Esta será uma oportunidade formidável de revelação de uma prática que vem ampliando a importância da museologia social brasileira. E, em especial, uma oportunidade para o MUF descobrir caminhos de sustentabilidade e intercâmbios, em conexões diretas de suas práticas e projetos com museus de outros países.” SOBRE O ICOM O Conselho Internacional de Museus (ICOM), fundado em 1946, é a única organização mundial de museus e profissionais que atuam em museus, tendo por compromisso promover e proteger o patrimônio natural e cultural, o presente e o futuro, o tangível e o intangível. Com aproximadamente 30 mil membros em 137 países, é uma rede única de profissionais com atuação em uma ampla gama de museus e disciplinas relacionadas à preservação do patrimônio. Mantendo relações formais com a UNESCO e com status consultivo no Conselho Econômico e Social da ONU, tem parcerias com entidades como a Organização Mundial de Propriedade Intelectual, a INTERPOL e a Organização Mundial de Alfândegas, a fim de realizar suas missões internacionais de serviço público, incluindo a luta contra o tráfico de bens culturais e promovendo o gerenciamento de risco e o preparo para emergências com o objetivo de proteger o patrimônio cultural em casos de desastres naturais ou causados pelo homem. O compromisso do ICOM com o patrimônio cultural e a promoção do conhecimento é reforçado por seus 31 comitês internacionais dedicados a uma grande variedade de especializações em Museologia, que realizam pesquisas em suas respectivas áreas para o benefício da comunidade museológica. O ICOM é capaz de mobilizar especialistas em patrimônio cultural em todo o mundo para responder aos desafios enfrentados pelos museus mundialmente. SOBRE O ICOM BRASIL O Comitê Brasileiro do ICOM (ICOM Brasil) foi fundado em 9 de janeiro de 1948 no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, tendo desde então trabalhado ativa e influentemente na comunidade museológica brasileira e internacional. Como reconhecimento ao papel desempenhado pela organização nas últimas décadas, em 2008 o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva concedeu ao ICOM Brasil a comenda da Ordem Cultural no Brasil. O comitê participa dos principais eventos nacionais e internacionais da museologia, tendo consolidado a sua posição como uma importante força na Política Nacional de Museus e em seus prolongamentos internacionais. SERVIÇO 23ª Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus (ICOM) De 10 a 17 de agosto de 2013, das 9h às 17h30 Cidade das Artes (Trevo das Palmeiras, Barra da Tijuca) Inscrições por meio do site www.icomrio2013.org.br. APPROACH COMUNICAÇÃO INTEGRADA Ingrid Boiteux – ingrid.boiteux@approach.com.br João Veiga – joao.veiga@approach.com.br Cláudia Montenegro – claudia.montenegro@approach.com.br Tel.: (21) 3461-4616 – ramal 181 – www.approach.com.br

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